Ao contrário do que insinua
a nossa terminologia, para Deus não há «dias inúteis» em contraposição aos
«dias úteis». Todos os dias são úteis. O Domingo também é um «dia útil». Todos
os dias — incluindo o Domingo — devem ser utilizados na prática do bem. E que
melhor culto se pode prestar a Deus do que contribuir para melhorar a vida dos
filhos de Deus?
Por conseguinte, fazer o
bem, sempre! E não é sequer a prática do bem que impede que celebremos o culto
a Deus. Como diz o Livro de Coelet, «tudo tem seu tempo e sua hora» (Ecl 3, 1).
Havendo vontade, conseguimos tempo para tudo. Falhando a vontade, nunca
arranjaremos tempo para nada.
Como é sabido, Cristo não
anulou o Sábado. Nós, cristãos, também não eliminamos o Sábado. O Domingo é o
novo Sábado, é a plenitude do Sábado. No Sábado, Jesus Cristo esteve nas
profundezas da Criação. No Domingo, ressurgiu para inaugurar a nova Criação. É
por isso que Jesus é apresentado como o novo Adão (cf. 1Cor 15, 20-21; Rom 5,
17-19), isto é, como o primeiro Homem da nova humanidade. Jesus inaugura a nova
humanidade com a entrega da Sua vida, com a oferta do Seu sangue.
Foi por isso que os
cristãos, não deixando de celebrar o Sábado, depressa se habituaram a celebrar
o Domingo, como novo Sábado, como o dia da nova — e definitiva — criação.
Frei Francisco Bezerra do
Nascimento, OFMConv.
O DOMINGO É O NOVO SÁBADO
Reviewed by Francisco Nascimento
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06:57
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